Bell Marques é, sem dúvida alguma, um dos maiores nomes do Axé no Brasil e talvez por isso seja colocado abaixo de outros grandes nomes da música brasileira, mas as coisas não são bem assim. Todos sabemos que no Brasil existe um certo preconceito musical que felizmente não atinge todas as pessoas, ritmos como Forró, Axé e Funk acabam sendo rotulados algumas vezes de forma injusta. O próprio Bell é um exemplo disso, ele vai muito além de ser um cantor de Axé. (iframe)Bell Marques passou 30 anos na Chiclete com Banana, uma das bandas de maior renome no cenário do Axé, o sucesso foi incomparável é bem difícil que você não tenha pelo menos uma música da banda na cabeça, seja uma daquelas músicas bem humoradas, ou daquelas mais bonitas. Gostando ou não, a banda sempre foi uma referência e seu vocalista é ainda mais. Bell dedicou a vida ao Axé, mas faz um show de Forró como poucos que não vivem do ritmo fariam. Em épocas de São João, Bell costuma fazer alguns shows especiais, desde a época do Chiclete, onde troca ou mistura o ritmo baiano ao estilo de Luiz Gonzaga, canta músicas consagradas de Forró e também músicas da sua carreira no ritmo. Muitas pessoas costumam creditar menos ou mais importância a algum nome da música de acordo com seu ritmo, mas esquecem de ver uma questão muito forte: A cultura. O Axé faz parte da cultura baiana, logo, nomes importantes do ritmo têm sim grandes serviços prestados a cultura, regional e nacional. Poderíamos estar fazendo esse texto sobre Ivete Sangalo, mas a importância histórica de Bell para o seu ritmo pode ser considerada maior, até porque Ivete alcançou um outro status na música brasileira, que transcende muitas outras bandas ou artistas. O que podemos concluir é que a importância ou não de alguém para a música brasileira vai além da opinião de quem gosta ou não gosta de um ritmo musical e sim de acordo com o que essa pessoa fez pela cultura em que está envolvida. Bell e outras pessoas são mais do que cantores, são artistas que levantaram sua região e sua cultura.