Conheça PrEP e PEP, duas estratégias de prevenção do HIV

Um é para pessoas não infectadas e outro para quem já se expôs ao vírus

Ministério da Saúde

Quinta, 01/03/2018 às 12:05

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“Prevenir é o melhor remédio”. Uma frase que você certamente já escutou por aí e vamos combinar: a mais saudável. Neste caso estamos falando especificamente do HIV, o vírus da AIDS.

Alguns métodos de prevenção são constantemente divulgados para evitar que as pessoas sejam infectadas pelas IST’s (infecções sexualmente transmissíveis) e o HIV. O mais conhecido e eficaz é a camisinha. Porém, vamos nos aprofundar em dois métodos específicos, para que você possa ficar ainda mais consciente e assim se protejer caso venha a se expor ao vírus HIV. Mas lembre-se: a camisinha é o mais prático e fácil.

Um é a PrEP (Profilaxia Pré-exposição ao HIV). Trata-se do uso diário de antirretrovirais por pessoas não infectadas pelo HIV, com intuito de reduzir o risco de infecção pelo vírus nas relações sexuais. O uso correto reduz em mais de 90% a chance de infecção pelo HIV. A PrEP é indicada para pessoas com risco e vulnerabilidade acrescidas ao HIV, como pessoas trans, profissionais do sexo, gays e homens que fazem sexo com outros homens (hsh).

A ideia da PrEP não é e nunca será substituir ou dispensar o uso do preservativo. Esta profilaxia vem atender um público específico que não tem o vírus, mas se expõe a rotinas sexuais e por algum motivo teme não conseguir usar a camisinha para se prevenir.

A PrEP também serve para mulheres heterossexuais que não usam preservativos regularmente nas relações sexuais com parceiros que desconhecem se têm HIV e estão em alto risco de contraí-lo. Por exemplo: o parceiro é usuário de drogas injetáveis ou é bissexual.

Com um nome parecido, mas com outra função, está a PEP (Profilaxia Pós-exposição ao HIV). A PEP é uma medida de prevenção à infecção pelo HIV que consiste no uso de medicação em até 72 horas após qualquer situação em que exista risco de contato com o HIV, tais como: violência sexual; relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha); acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).

A PEP é considerada uma urgência médica e deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 2 horas após a exposição ou, no máximo, até 72 horas depois. O medicamento deve ser usado por 28 dias consecutivos e a pessoa exposta deverá ter acompanhamento médico por 90 dias. A medicação é oferecida em serviços de urgência e emergência, ou serviços de atenção especializada, conforme a disponibilidade de cada localidade.

Como todo medicamento, os antirretrovirais utilizados na PEP também podem causar efeitos indesejados. Os mais comuns são dor de cabeça, enjoos e diarreia. Mesmo que você desenvolva algum desses sintomas, não interrompa o uso dos medicamentos. Procure imediatamente o serviço de saúde que o atendeu para buscar orientações.

Tanto a PrEP quanto a PEP são oferecidas gratuitamente no SUS.

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