O brega foi protagonista no <b>Fantástico</b>, programa semanal da TV Globo, no último domingo (26). Em matéria que foi ao ar na última edição, as repórteres Jalília Messias, de Belém do Pará, e Bianka Carvalho, de Recife, discutem a competição entre as duas cidades pelo <b>título de capital do brega</b>.Enquanto Belém do Pará recebeu recentemente o título mundial de Capital do Brega, honraria reconhecida pela <b>Organização das Nações Unidas para o Turismo (ONU Turismo)</b>, a capital pernambucana comemorou em maio o reconhecimento nacional de Capital do Brega pelo <b>Governo Federal do país</b>. Além da disputa pelo reconhecimento como pioneira do estilo musical, as cidades possuem origens diferentes do gênero musical.É quase um consenso que o brega, como conhecido nacionalmente, surgiu em Belém do Pará, que hoje domina as paradas com a sonoridade do tecnobrega. No entanto, o brega recifense tem suas origens nos anos 70, sendo popularizado pelo cantor <b>Reginaldo Rossi</b>, também conhecido como o “Rei do Brega”.“Aqui em Pernambuco, se congrega aquele brega do Reginaldo Rossi, da Seresta, daqueles cantores dos anos 70, e há um processo de jovialização da dança, do passinho. O brega canta o amor e o sofrimento”, afirma o pesquisador Thiago Soares em entrevista concedida ao Fantástico.De acordo com o especialista, o brega tem base em gêneros latinos, cujas batidas foram adaptadas ao chegar nos estados em que a sonoridade se popularizou. Em Belém, o brega se fundiu com características da música eletrônica e se fundiu no gênero conhecido como tecnobrega.(image)Além de possuir duas capitais, o brega é reconhecido desde 2021 como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará, e a vertente popular em Recife, o bregafunk (gênero que nasceu em 2011 e tem como representante <b>Anderson Neiff</b>), também foi declarado Patrimônio Imaterial da cidade em 2021."Hoje, graças ao movimento brega, eu sou um empresário, sou cantor e sou conhecido através deste movimento. Então, eu estou muito feliz. Eu nunca acreditei que iria chegar aqui, mas sou um desacreditado que acreditou num sonho, e hoje estou aqui", afirmou o artista durante discurso de reconhecimento de Recife como Capital do Brega, em maio deste ano.